sábado, 14 de novembro de 2009

Cristovam Buarque comenta a queda do muro de Berlim.


PLENÁRIO
Edição de terça-feira 10 de novembro de 2009
Cristovam pede que Lula leve proposta ousada a Copenhague
Senador afirma que Brasil deve assumir responsabilidades ambientais a fim de combater o aquecimento global, independentemente das metas adotadas pelos outros países


Cristovam também adverte sobre "muros" que separam ricos e pobres
Cristovam Buarque (PDT-DF) sugeriu que o presidente Lula dê exemplo aos países desenvolvidos e exerça um papel de liderança mundial. Para isso, afirmou o senador, deverá levar à Conferência das Partes da Organização das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-15) uma proposta alternativa de modelo de desenvolvimento econômico que garanta a sobrevivência não apenas das gerações atuais, mas também das futuras.

– Temos uma chance raramente vista de levar ao cenário mundial uma proposta alternativa para os destinos do mundo inteiro. Para termos credibilidade, porém, temos que ter o compromisso com o que vamos fazer aqui dentro.

Cristovam Buarque insistiu que o Brasil deve assumir uma posição ousada na COP-15, sem esperar que os países desenvolvidos apresentem metas igualmente ambiciosas de redução das emissões de gases do efeito estufa. Para o parlamentar, o país deve assumir suas responsabilidades ambientais a fim de combater o aquecimento global, independentemente da atitude e das metas adotadas por outros países.

Os muros

Cristovam lembrou os 20 anos da queda do Muro de Berlim, comemorados ontem, que, simbolicamente, representou o fim da Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética.

O senador reconheceu que a queda da "Cortina de Ferro" trouxe avanços econômicos e liberdade individual, observando, no entanto, que o Muro de Berlim foi substituído por outros "muros" no mundo moderno: o da desigualdade social; o do desequilíbrio ecológico, que provoca desigualdade entre a geração atual e as gerações futuras; o da desigualdade tecnológica entre os detentores dos bens tecnológicos e os que não têm acesso a eles; e o da desigualdade da saúde, que torna a expectativa de vida diferenciada de acordo com a classe social.

– Uma rede internacional [de televisão] anunciou que, na parcela rica da população, há 50% de chances de se viver até os 100 anos. De duas crianças nascidas, uma chegará aos 100 anos, enquanto, para a outra, a esperança [de vida] é de 39 anos. Um muro tão duro ou pior que o de Berlim.

O senador acredita ser "eticamente incompatível" a existência de uma modernidade rica à custa de excluídos sociais, após o desaparecimento de fronteiras geopolíticas que separavam os países, como há 20 anos. Para Cristovam, justamente por reunir contradições sociais visíveis e, ao mesmo tempo, contar com cientistas capazes de encontrar soluções para as desigualdades sociais e alternativas ambientais compatíveis com uma economia socialmente mais justa e menos agressiva ambientalmente, o Brasil é o país apropriado para assumir a liderança global de um novo modelo econômico.

Para isso, sugere o senador, o presidente Lula teria que adotar uma postura consentânea com os desejos de uma grande maioria da civilização atual, que anseia por uma proposta alternativa capaz de pôr fim aos diversos "muros" existentes, que separam uma minoria privilegiada da grande maioria desfavorecida.

domingo, 8 de novembro de 2009

cerrado

o cerrado é a maior biodiversidade do mundo