segunda-feira, 9 de maio de 2011

Quem foi Osama?

De fã de faroeste a líder terrorista, saiba quem foi Osama bin Laden
Bin Laden montou rede terrorista a partir de experiência no Afeganistão.
Na última década, seu paradeiro foi objeto de intensa especulação.
Do G1, em São Paulo, com agências
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O líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, morto neste
domingo (1º) (Foto: AP)
Osama bin Laden nasceu em de 1957, em Riad, na Arábia Saudita, filho de Muhammad bin Laden, um magnata do setor de construção, de origem iemenita. Ao contrário de outros irmãos mandados para estudar no Líbano, teve a maior parte da sua educação na própria Arábia Saudita.
Até os 14 anos de idade, levou a vida de um típico filho da elite local, submetido a influências culturais de base não-islâmica: futebol e histórias de faroeste estavam entre seus passatempos favoritos, de acordo com biógrafos. Ainda na escola, passou por uma transformação ao ter seus primeiros contatos com integrantes da Irmandade Muçulmana, grupo de militância ativa em países de base árabe-islâmica.
Na Universidade de Jeddah, onde, já casado, ingressou em 1976 para estudar economia, Osama aprofundou o envolvimento com o ativismo islâmico. Segundo biógrafos, data desta época o interesse dele pelos escritos de Sayyid Qutb, ideólogo egípcio da ala mais radical da Irmandade Muçulmana.
OSAMA BIN LADEN

A partir da invasão do Afeganistão pela União Soviética, em 1979, as afinidades ideológicas de bin Laden com o radicalismo islâmico se transformaram em ação efetiva. Já nos anos 1980, Osama conheceu em Jeddah um dos maiores propagandistas da causa afegã, o xeque palestino Abdullah Azzam, doutor em jurisprudência islâmica pela respeitada Universidade al-Azhar, do Cairo. Inspirado por Azzam, bin Laden passou a auxiliar no recrutamento de voluntários para a luta no Afeganistão, chegando a abrigá-los em seu próprio apartamento em Jeddah.
Até pisar no Afeganistão, em 1984, Osama fez uma série de viagens para o Paquistão, sem cruzar a fronteira. De acordo com biógrafos, essa relutância se devia não apenas às recomendações das autoridades sauditas, que temiam que ele fosse usado como um troféu no caso de captura pelos soviéticos, mas também pela oposição da mãe, que temia pela segurança do filho.
Num movimento que coincidiu com a progressiva virada na guerra afegã, alimentada pelo influxo de armas, dinheiro saudita e apoio dos serviços de inteligência americano e paquistanês, Osama bin Laden finalmente passou a frequentar o campo de batalha, no topo de um grupo de jovens voluntários árabes – embrião do que mais tarde, em 1988, um ano antes da retirada soviética, viria a ser conhecido como "al-Qaeda", "A Base".
Em 1989, voltou à Arábia Saudita. Após o estouro da guerra do Golfo em 1991, criticou a família real por ter autorizado o desembarque de soldados americanos em território saudita, "a terra dos dois locais sagrados" (Meca e Medina). Essa oposição, que o afastou mais ainda do restante da família e do establishment saudita, fez com que ele fosse declarado persona non grata no seu próprio país.
Isolado, transferiu-se para o Sudão em 1992, de onde passou a "administrar" supostos campos de treinamento e a emitir decretos religiosos (fatwas) contra os EUA e a monarquia saudita. Esses decretos acabaram lhe custando a nacionalidade saudita, da qual foi privado em 1994. Dois anos depois, seus novos anfitriões cederam às pressões americanas e da ONU, e pediram a bin Laden que fosse embora do país. De lá, voltou para o Afeganistão, onde colocou em operação outros campos de treinamento e reforçou a retórica antiamericana.


Imagem de 1998 mostra Osama após seu retorno ao Afeganistão (Foto: AP)
A ação mais espetacular que lhe foi atribuída antes do dia 11 de setembro foi um ataque contra as embaixadas americanas na Tanzânia e no Quênia, no dia 7 de agosto de 1998, que causou 224 mortos e milhares de feridos. Três meses depois, foi acusado nos EUA por assassinato e complô com intenção de matar norte-americanos no exterior.
No dia 11 de setembro de 2001, dezenove terroristas ligados à rede de Osama bin Laden desviaram três aviões para realizar atentados contra as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, e contra o Pentágono, em Washington. Um quarto avião desviado cai na Pensilvânia. Cerca de 3 mil pessoas morreram. Em contraste com outros atentados, como aquele contra o navio americano "USS Cole" no Iêmen, em outubro de 2000, Bin Laden iria além de exaltar os executores e clamaria responsabilidade pela ação.

Antes dos atentados em 2001, Osama bin Laden
já estava na lista dos 10 criminosos mais
procurados pelos Estados Unidos
Essa demonstração máxima de força da al-Qaeda viria a tirar de seu líder o pouco da liberdade de movimento que ainda retinha. O Afeganistão, seu refúgio, foi atacado em outubro de 2001 por forças anglo-americanas, no deslanchar de uma guerra ainda não encerrada. Com uma recompensa de US$ 25 milhões por informações que levassem a sua captura, Osama bin Laden passou a figurar publicamente apenas em mensagens de áudio e em mais raras aparições em vídeo, em cenários como cavernas.
As especulações sobre seu destino (e, de fato, sobre sua própria vida) se arrastavam desde 2001. Osama ora estava morto, ora vivo, ora no Afeganistão, ora no Iêmen, ora no Paquistão – onde, de acordo com os EUA, enfim morreu.
De acordo com o FBI, equivalente americano da Polícia Federal, Osama era conhecido pelos seus seguidores como "emir", "xeque-guerreiro" e "diretor", entre outros títulos. Ele estava na lista de mais procurados pelo país há 12 anos.

Morte de Osama

EUA temiam que Paquistão avisasse Bin Laden sobre o ataque, diz CIA
Diretor da agência disse que aviso prévio poderia colocar a missão em risco.
Americanos mataram o líder da al-Qaeda em ação militar na véspera.

Os Estados Unidos não informaram previamente o Paquistão da operação contra o terrorista Osama bin Laden por acreditar que este país poderia alertar o líder da al-Qeada sobre o ataque iminente, afirmou nesta terça-feira (3) o diretor da CIA, Leon Panetta, em uma entrevista à revista "Time".
O diretor da principal agência de inteligência dos EUA disse ainda que foi decidido "que qualquer esforço por trabalhar com os paquistaneses poderia colocar em risco a missão: eles poderiam alertar aos objetivos".
O fato de as autoridades paquistanesas não terem sido avisadas gerou mal-estar entre os dois países.
O Paquistão afirmou nesta terça que não foi avisado da operação, mas dividia informações sobre o complexo de Bin Laden com a CIA desde 2009.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Fidel Castro se afasta da liderança do Partido Comunista de Cuba

O irmão dele, Raul Castro, continuará como primeiro-secretário do Partido Comunista e presidente do país. Já Fidel passa a ser um simples delegado, com direito a voto.

A ilha comunista de Cuba viveu, nesta terça-feira (19), um dia histórico. Nesta semana, completam-se exatamente 50 anos da invasão da Baía dos Porcos. Foi uma tentativa fracassada dos Estados Unidos de derrubar o então presidente Fidel Castro.
E, nesse clima simbólico de aniversário, Fidel anunciou a aposentadoria oficial, desligando-se da liderança do Partido Comunista cubano. De Washington, o correspondente Luis Fernando Silva Pinto conta que a ilha também vai passar por reformas econômicas.
Fidel Castro foi ovacionado pelos mil integrantes do Congresso. Ele e o irmão, Raul, estão no comando absoluto da ilha há mais de meio século, desde a Revolução Comunista de 1959, mas agora só um permanecerá oficialmente na ativa.
Raul Castro continuará comandando o país como primeiro-secretário do Partido Comunista e presidente de Cuba. Fidel passa ser um simples delegado, com direito a voto, um pedido dele próprio. Ele já havia se afastado do poder em 2006, quando ficou gravemente doente.
Mais de 300 reformas foram aprovadas no Congresso, principalmente na área econômica. Os cubanos vão poder comprar e vender seus imóveis e também abrir negócios. As cadernetas que controlam a comida subsidiada que os cubanos compram, serão abolidas e a produção de alimentos em fazendas particulares será incentivada.
Mas a sociedade cubana não vai se abrir para o capitalismo, assim como fez a China. Quem garantiu foi o próprio Raul Castro.
E os jovens da ilha continuarão distantes do poder. Raul Castro tem 79 anos. O vice que assumiu nesta terça é o octogenário linha-dura José Machado Ventura. A partir de agora, eles não poderão permanecer no cargo por mais de dois mandatos seguidos de cinco anos cada. Mas isso significa que poderão estar no governo até chegar perto dos 90 anos.


terça-feira, 15 de março de 2011

Entenda o terremoto que atingiu o Japão

Entenda o terremoto que atingiu o Japão
Tremor de 8,9 de magnitude ocorreu às 14h46 no horário local.
Tsunami atingiu a maior ilha do arquipélago japonês.
Do G1, em São Paulo
Às 14h46 (horário local; 2h46 em Brasília) desta sexta-feira (11) um terremoto de 8,9 graus de magnitude atingiu o arquipélago do Japão. Foi o mais forte terremoto registrado no Japão e o sétimo na história do mundo
Clique na figura para ampliar.


Fotos: terremoto e tsunami no Japão -
Tremor de magnitude 8,9, o pior da história do país, foi seguido por terremotos secundários e gerou maremotos.

Crise na Líbia

Crise na Líbia: rebelião ou guerra civil?
Especialistas duvidam de conflito prolongado como o que ocorre em outros países da África
Vinte e oito dias após Mohamed Bouazizi ter ateado fogo ao próprio corpo, e com isso detonado a revolta na Tunísia, o presidente Zine al-Abidine Ben Ali fugiu para o exílio na Arábia Saudita.
Foram necessários apenas 18 dias de protestos nas ruas para forçar o presidente Hosni Mubarak a deixar o poder no Egito e fugir para o balneário de Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho.
Na Líbia, o coronel Muamar Khadafi prometeu 'lutar até a última bala'.
Os rebeldes, que agora sentiram o gosto da liberdade, estão igualmente determinados - ainda que drasticamente menos bem armados.
'Acho que vai ser uma batalha longa', diz o professo George Joffe, especialista em Líbia do Centro de Estudos Internacionais em Cambridge. 'E não vai ser bonita', vaticina ele.
Até o momento, a Líbia é uma terra dividida. Uma rachadura corre através do país, entre a metade oeste da Líbia, controlada em grande parte por Khadafi, e a parte leste, que se revoltou em primeiro lugar contra ele, no mês passado.
A linha de frente da batalha no leste muda aqui e acolá ao longo da estrada costeira que corre pelo país - grande e rico em petróleo. Mas, em grande parte, a linha de frente se encaixa em uma divisão que tem raízes na História líbia.
Divisões históricas
A bandeira que agora tremula no leste - e em áreas do oeste sob controle da oposição - é a da monarquia. O rei Idris, que foi derrubado por Khadafi em 1969, vem da região leste da Cirenaica. Nos tempos romanos, a Líbia estava dividia entre a Cirenaica, no leste, Tripolitânia, no oeste, assim como por Fezzan, no Sul.
O povo originalmente nômade da Cirenaica tem uma história de rebeliões. E as políticas implementadas por Khadafi fomentaram seu ressentimento.
'Khadafi conseguiu antagonizar com o povo da Cirenaica ao negligenciar a região', diz Joffe.
Mas, a longo prazo, segundo o professor, a Líbia não deve permanecer dividida. 'Todos agora se sentem líbios', diz ele. 'Os líbios não querem um país dividido e Khadafi não vai tolerar isso. Acho que, no fim, vai haver um golpe interno contra ele'.
Por enquanto, Khadafi luta com todas as forças contra os rebeldes. Mas Richard Dowden, autor e diretor da Royal African Society, não acredita que o conflito na Líbia se encaixe no padrão de outras guerras civis africanas.
'A idéia de uma guerra civil prolongada como a que existe no Congo parece improvável, por conta do território do país', diz ele. 'A Líbia é (feita de) áreas urbanas e deserto, não há onde se esconder. Então é uma equação simples. Quanto poder de fogo você tem?'
Ou o quanto você está preparado para usar? Khadafi não mobilizou todo poder de suas forças armadas. Mas o ataque a Zawiya, a oeste de Trípoli, marca uma escalada significativa de seu contra-ataque. No leste, ele também vai querer garantir que a cidade portuária petrolífera de Ras Lanuf esteja firmemente sob controle do governo.
'O petróleo é chave, porque gera todas as divisas que a Líbia tem', diz Joffe.
'Ras Lanuf é um dos principais pontos de carregamento, então controla quem tem o dinheiro do petróleo. Mas acho que o regime tem recursos suficientes para se manter por alguns meses'. À medida que a comunidade internacional tenta resolver sobre como responder à crise, Joffe alerta que 'não há boas opções' para uma intervenção.

Revoltas chega na Líbia

Onda de revolta chega à Líbia e ao Iraque e ganha força no Irã, Iêmen e Bahrein
France Presse
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DUBAI, 16 Fev 2011 (AFP) -Os protestos que abalam o mundo muçulmano desde as revoltas na Tunísia e Egito chegaram à Líbia e aumentaram as tensões nesta quarta-feira no Irã, em Bahrein e Iêmen.

No Iêmen, duas pessoas morreram vítimas de tiros disparados pela polícia em Aden e pelo menos outras duas ficaram feridas durante um protesto nesta cidade do sul do país.

Uma delas ficara gravemente ferida anteriormente por disparos da polícia de choque durante uma concentração.

Os manifestantes tomaram de assalto a sede da subprefeitura de Mansura, um dos bairros de Aden, e incendiaram quatro veículos. As forças de segurança atiraram para dispersar os manifestantes, que responderam atirando pedras contra os policiais.

Em Sanaa, a capital, milhares de estudantes e advogados gritavam "Depois de Mubarak, Ali", em referência o presidente Ali Abdullah Saleh, que está no poder há 32 anos.

Os manifestantes tentaram chegar à praça Tahrir (Libertação), que tem o mesmo nome da praça do Cairo, epicentro da revolução, mas as forças de segurança impediram o avanço.

Centenas de partidários do partido Congresso Popular Geral (CPG, no poder) atacaram os manifestantes com cassetetes, facas e pedras.

O protesto foi organizado por estudantes e integrantes da sociedade civil. A oposição parlamentar, que decidiu retomar o diálogo com o regime, não participou.

Em Taez, ao sul da capital, milhares de manifestantes pediram mudança de regime e oito pessoas ficaram feridas quando a polícia dispersou o protesto, segundo testemunhas.

No Irã, a oposição reformista conseguiu organizar na segunda-feira a primeira manifestação contra o governo em um ano em Teerã, apesar das advertências das autoridades, que proibiram qualquer protesto e mobilizaram amplamente as forças de segurança.

Em resposta, o regime iraniano convocou um dia "de ódio e ira" para a sexta-feira contra a sublevação dos chefes da oposição Mir Hussein Mousavi e Mehdi Karubi, num momento em que se multiplicam os chamados para que estes sejam castigados pelos protestos de segunda-feira contra o governo.

Em Bahrein, apesar da proibição, milhares de pessoas voltaram a protestar contra o governo durante o enterro em Manama de um estudante morto na véspera durante um protesto.

Mais de 2.000 pessoas participaram do funeral de Fadel Salman Matruk, baleado durante um protesto, em frente ao hospital onde era velado outro manifestante xiita morto.

"O povo quer derrubar o regime", gritavam os manifestantes, retomando slogans das revoltas que já derrubaram regimes autoritários de Tunísia e Egito.

O ministro do Interior, xeque Rashed bin Abdullah Al Khalifa, apresentou nesta quarta-feira desculpas e anunciou a prisão de dois policiais das forças de segurança.

Mas o xeque Ali Salman, líder da oposição xiita, não se deu por satisfeito com esses gestos e pediu uma "monarquia constitucional"com um primeiro-ministro "eleito pelo povo".

No entanto, centenas de pessoas protestaram em várias cidades xiitas, onde os confrontos deixaram ao menos um ferido, segundo Ministério do Interior e testemunhas.

O Iraque também viveu nesta quarta-feira o dia mais violento desde o início dos protestos há duas semanas, com a morte de um jovem manifestante ao sul de Bagdá. A multidão, enfurecida, incendiou edifícios públicos em protesto contra a ausência de serviços públicos.

Na Argélia, onde uma passeata proibida pelo governo enfrentou em 12 de fevereiro um grande dispositivo de segurança, uma nova manifestação está prevista para o próximo sábado.

Na Líbia, onde foi convocado para quinta-feira um "dia de ira", segundo os chamados lançados através do Facebook, as autoridades libertaram nesta quarta-feira 110 islamitas do Grupo Islâmico de Combate Líbio (GICL), o que soma um total de mais de 360 "prisioneiros políticos" libertados desde março.

O GICL reafirmou em 2007 sua determinação de derrubar o regime de Muamar Kadafi para substituí-lo por um Estado islâmico radical. Depois declarou fazer parte da rede Al-Qaeda.

No Egito, o ministro da Saúde, Sameh Farid, afirmou que 365 pessoas morreram e outras 5.500 ficaram feridas durante os 18 dias de manifestações que terminaram com a queda do presidente Hosni Mubarak.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Aumento Vergonhoso

Em cinco minutos deputados e senadores aprovam o aumento do seu próprio salário, em mais de 100%. Salário este pago pelo povo que trabalham mais de 08 horas diárias e mais de 40 horas semanais, que recebem muito pouco, para manter um estado corrupto, com políticos sem a preocupação de melhorar a qualidade de vida do povo mais sim a sua própria vida, que faz do ato de representar o povo no estado uma verdadeira carreira profissional, onde os únicos ganhadores são os seus bolsos.
Já o salário mínimo recebido pela grande maioria da população brasileira, demorou mais de 10 horas de votação para aumentar de R$ 510,00 para R$ 545,00, um aumento de menos de 10%.
Na certa este aumento de R$ 35,00 ao salário do povo, não podia ser maior já que os parlamentares já estão recebendo agora mais de R$ 26.000,00 por mês para trabalhar menos de 08 horas diárias e apenas dois ou três dias na semana.
Aumentar o salário do povo mais de 100% não seria a maneira mais certa de assim merecer um aumento de 10%, já que os parlamentares ganhavam mais de R$ 16.000,00 antes deste vergonhoso aumento?



Monique Renne/CB/D.A Press




Parlamentares durante votação na Câmara que garantiu vitória do governo na aprovação do valor de R$ 545 para o salário mínimo em 2011.

Governo mostra força e aprova mínimo de R$ 545
Ivan Iunes - Do Correio Braziliense
Denise Rothenburg - Do Correio Braziliense
17/02/2011 11:40
O governo passou com sucesso ontem pelo primeiro grande teste de força no Congresso com a aprovação do novo salário mínimo, de R$ 545. Mesmo com a previsão de vitória por ampla vantagem, o Palácio do Planalto colocou sobre a mesa todas as cartas disponíveis para enquadrar a base aliada. Ameaças de retaliações, nomeações do segundo escalão em pauta e até a presença do vice-presidente da República, Michel Temer, para laçar o PMDB, foram algumas das estratégias empregadas para garantir a aprovação do piso sem sustos, em sessão que durou mais de 10 horas.

A demonstração de força da caneta presidencial teve o primeiro ato com o anúncio de que a bancada do PDT não fecharia questão em torno do mínimo de R$ 560, articulado pelas centrais sindicais. Os pedetistas atenderam ao apelo do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, presidente licenciado da legenda, que chegou a ser enquadrado pela presidente Dilma Rousseff e teve de se colocar na linha de frente em defesa do piso governista. Ele ligou para todos os deputados da sigla e pediu aos irredutíveis que não criassem embaraços para o governo. Acabou dissuadindo os correligionários e ganhou pontos com o Planalto.

Domado o PDT, foi a vez de Temer ir à reunião da bancada do PMDB para afastar qualquer ameaça de dissidências, enquanto o líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), cobrava uma demonstração de união. Até governadores e prefeitos foram acionados. O maior receio dos peemedebistas era dar ao governo Dilma menos votos que o PT. O PT, ao perceber a movimentação dos peemedebistas, de inclusive trocar suplentes por titulares, enviou o seu presidente, José Eduardo Dutra, ao plenário da Câmara. Ele ficou até o fim da sessão para garantir a fidelidade do partido. “Vigiai e orai”, resumiu Dutra.

Diante da derrota iminente, a oposição jogou a toalha antes mesmo da votação, e acusou o governo federal de interferir nos assuntos legislativos. “É o imperialismo de Dilma. Ela diz que quem não votar não terá cargos. É lamentável”, disparou o líder do DEM, Antônio Carlos Magalhães Neto (BA). Dissidente da bancada governista, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) jogou para o Senado a expectativa de um mínimo superior ao defendido pela equipe econômica do Planalto. “É muito difícil ganhar do governo. Eles estão distribuindo cargos e ameaçando tirar emendas”, reclamou o deputado.

Em plenário, a estratégia de colocar o ex-sindicalista Vicentinho (PT-SP) para relatar a matéria acabou não surtindo o efeito planejado. Em vez de constranger possíveis manifestações das centrais sindicais, a presença dele acabou incentivando as vaias. O deputado foi interrompido por mais de uma vez e, ao anunciar a aprovação do relatório, a algazarra nas galerias foi generalizada. “Essas vaias vão se transformar em aplauso quando o mínimo chegar a R$ 616 daqui a 10 meses”, desafiou Vicentinho. Agora o projeto segue para o Senado. A previsão é que seja votado na próxima quarta-feira.

Câmara aprova urgência para aumento de salário de parlamentares
Valor de R$ 26,7 mil seria também para presidente, vice-presidente e ministros.
Atualmente, parlamentares recebem R$ 16,5 mil e presidente R$ 11,4 mil.
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (15/01) o regime de urgência para a tramitação do projeto que eleva para R$ 26,7 mil o salário dos parlamentares, do presidente, do vice e dos ministros de estado a partir de 1º de fevereiro de 2011.
Pela proposta, os deputados e senadores teriam um reajuste de 61,8%, uma vez que recebem atualmente R$ 16,5 mil. No caso do presidente da República e do vice, o reajuste seria de 133,9%. Atualmente, o presidente recebe R$ 11,4 mil. O aumento dos ministros seria maior ainda, uma vez que eles recebem atualmente R$ 10,7 mil.
Os parlamentares, o presidente, o vice e os ministros estão sem reajuste desde 2007. A inflação no período, porém, foi inferior a 20%.

Parlamentares aprovam rapidamente aumento salarial de 61,8%
R$ 26.723. Esse é o novo salário dos deputados, senadores, presidente da República e ministros de Estado. O aumento foi aprovado nesta quarta-feira em Brasília
Do G1 em Brasília
"Cheguei num dia bom, tô com sorte". O deputado eleito Francisco Everardo, mais conhecido como o palhaço Tiririca, se referia ao aumento de salário dos políticos aprovado nesta quarta-feira pelo Congresso. Primeiro, foi a Câmara. O reajuste dos parlamentares foi de 61,8%.

“Não é constrangedor, porque eu tenho a consciência do dever cumprido e os deputados que trabalham, os servidores que trabalham, merecem ser bem remunerados", afirma o deputado Paulo Magalhães, do DEM-BA.

A partir de 1º de fevereiro, deputados, senadores, presidente da República, vice e ministros passam a ganhar o mesmo salário de ministro do Supremo Tribunal Federal: R$ 26.723. Hoje, deputado e senador ganham R$ 16.500, presidente, R$ 11.400, e ministros, pouco mais de R$ 10.700.

Assim que foi votado na Câmara, o projeto veio imediatamente para o Senado e, em pouco mais de cinco minutos, o aumento também foi aprovado na casa. O último reajuste foi em 2007.

“Será muito elevada? É uma remuneração, avalio, condizente com a responsabilidade dos senadores e deputados", diz o senador Eduardo Suplicy, do PT-SP.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Pilhas e baterias usadas devem ter destino especial

Pilhas e baterias usadas devem ter destino especial

Kirna Mota Nascimento - Redação Saúde Plena


Pilhas e baterias usadas são classificadas como lixo perigoso, mas ao contrário do que se pensa, elas não emitem radioatividade. Omaior problema são as pilhas fabricadas com grandes quantidades de metais pesados como cádmio, mercúrio, chumbo e seus compostos. Essas substâncias são altamente tóxicas - algumas até cancerígenas, de efeito cumulativo no organismo - e, dependendo da concentração, podem causar, a longo prazo, complicações respiratórias e renais.

Misturadas ao lixo doméstico em aterros comuns, elas contaminam o solo, lençóis de água subterrâneos e lavouras.

Vale ressaltar que essa situação melhorou um pouco nos últimos anos, pois vêm sendo produzidas pilhas com menores concentrações desses metais - como as alcalinas, cujos resíduos são bem menos tóxicos para o ambiente, além da população estar se conscientizando do problema.

Existe uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), em vigor desde julho de 2000, que estabelece como responsabilidade dos fabricantes e importadores a coleta de pilhas usadas, para que tenham destinação adequada: aterros industriais especiais para resíduos químicos perigosos.

Esses aterros consistem de valas com diversas camadas de impermeabilização para evitar vazamentos. São também equipados com sistemas de tratamento para gases e líquidos. Mas, apesar da resolução do Conama, pouquíssimos pontos de coleta de pilhas foram instalados no país.

Cabe a população cobrar do Conama uma maior fiscalização, além de pressionar os fabricantes de pilhas e baterias a darem o destino correto aos produtos. O consumidor tem o maior poder nessa missão, pois ele pode escolher comprar apenas de empresas conscientes.