sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Aumento Vergonhoso

Em cinco minutos deputados e senadores aprovam o aumento do seu próprio salário, em mais de 100%. Salário este pago pelo povo que trabalham mais de 08 horas diárias e mais de 40 horas semanais, que recebem muito pouco, para manter um estado corrupto, com políticos sem a preocupação de melhorar a qualidade de vida do povo mais sim a sua própria vida, que faz do ato de representar o povo no estado uma verdadeira carreira profissional, onde os únicos ganhadores são os seus bolsos.
Já o salário mínimo recebido pela grande maioria da população brasileira, demorou mais de 10 horas de votação para aumentar de R$ 510,00 para R$ 545,00, um aumento de menos de 10%.
Na certa este aumento de R$ 35,00 ao salário do povo, não podia ser maior já que os parlamentares já estão recebendo agora mais de R$ 26.000,00 por mês para trabalhar menos de 08 horas diárias e apenas dois ou três dias na semana.
Aumentar o salário do povo mais de 100% não seria a maneira mais certa de assim merecer um aumento de 10%, já que os parlamentares ganhavam mais de R$ 16.000,00 antes deste vergonhoso aumento?



Monique Renne/CB/D.A Press




Parlamentares durante votação na Câmara que garantiu vitória do governo na aprovação do valor de R$ 545 para o salário mínimo em 2011.

Governo mostra força e aprova mínimo de R$ 545
Ivan Iunes - Do Correio Braziliense
Denise Rothenburg - Do Correio Braziliense
17/02/2011 11:40
O governo passou com sucesso ontem pelo primeiro grande teste de força no Congresso com a aprovação do novo salário mínimo, de R$ 545. Mesmo com a previsão de vitória por ampla vantagem, o Palácio do Planalto colocou sobre a mesa todas as cartas disponíveis para enquadrar a base aliada. Ameaças de retaliações, nomeações do segundo escalão em pauta e até a presença do vice-presidente da República, Michel Temer, para laçar o PMDB, foram algumas das estratégias empregadas para garantir a aprovação do piso sem sustos, em sessão que durou mais de 10 horas.

A demonstração de força da caneta presidencial teve o primeiro ato com o anúncio de que a bancada do PDT não fecharia questão em torno do mínimo de R$ 560, articulado pelas centrais sindicais. Os pedetistas atenderam ao apelo do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, presidente licenciado da legenda, que chegou a ser enquadrado pela presidente Dilma Rousseff e teve de se colocar na linha de frente em defesa do piso governista. Ele ligou para todos os deputados da sigla e pediu aos irredutíveis que não criassem embaraços para o governo. Acabou dissuadindo os correligionários e ganhou pontos com o Planalto.

Domado o PDT, foi a vez de Temer ir à reunião da bancada do PMDB para afastar qualquer ameaça de dissidências, enquanto o líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), cobrava uma demonstração de união. Até governadores e prefeitos foram acionados. O maior receio dos peemedebistas era dar ao governo Dilma menos votos que o PT. O PT, ao perceber a movimentação dos peemedebistas, de inclusive trocar suplentes por titulares, enviou o seu presidente, José Eduardo Dutra, ao plenário da Câmara. Ele ficou até o fim da sessão para garantir a fidelidade do partido. “Vigiai e orai”, resumiu Dutra.

Diante da derrota iminente, a oposição jogou a toalha antes mesmo da votação, e acusou o governo federal de interferir nos assuntos legislativos. “É o imperialismo de Dilma. Ela diz que quem não votar não terá cargos. É lamentável”, disparou o líder do DEM, Antônio Carlos Magalhães Neto (BA). Dissidente da bancada governista, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) jogou para o Senado a expectativa de um mínimo superior ao defendido pela equipe econômica do Planalto. “É muito difícil ganhar do governo. Eles estão distribuindo cargos e ameaçando tirar emendas”, reclamou o deputado.

Em plenário, a estratégia de colocar o ex-sindicalista Vicentinho (PT-SP) para relatar a matéria acabou não surtindo o efeito planejado. Em vez de constranger possíveis manifestações das centrais sindicais, a presença dele acabou incentivando as vaias. O deputado foi interrompido por mais de uma vez e, ao anunciar a aprovação do relatório, a algazarra nas galerias foi generalizada. “Essas vaias vão se transformar em aplauso quando o mínimo chegar a R$ 616 daqui a 10 meses”, desafiou Vicentinho. Agora o projeto segue para o Senado. A previsão é que seja votado na próxima quarta-feira.

Câmara aprova urgência para aumento de salário de parlamentares
Valor de R$ 26,7 mil seria também para presidente, vice-presidente e ministros.
Atualmente, parlamentares recebem R$ 16,5 mil e presidente R$ 11,4 mil.
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (15/01) o regime de urgência para a tramitação do projeto que eleva para R$ 26,7 mil o salário dos parlamentares, do presidente, do vice e dos ministros de estado a partir de 1º de fevereiro de 2011.
Pela proposta, os deputados e senadores teriam um reajuste de 61,8%, uma vez que recebem atualmente R$ 16,5 mil. No caso do presidente da República e do vice, o reajuste seria de 133,9%. Atualmente, o presidente recebe R$ 11,4 mil. O aumento dos ministros seria maior ainda, uma vez que eles recebem atualmente R$ 10,7 mil.
Os parlamentares, o presidente, o vice e os ministros estão sem reajuste desde 2007. A inflação no período, porém, foi inferior a 20%.

Parlamentares aprovam rapidamente aumento salarial de 61,8%
R$ 26.723. Esse é o novo salário dos deputados, senadores, presidente da República e ministros de Estado. O aumento foi aprovado nesta quarta-feira em Brasília
Do G1 em Brasília
"Cheguei num dia bom, tô com sorte". O deputado eleito Francisco Everardo, mais conhecido como o palhaço Tiririca, se referia ao aumento de salário dos políticos aprovado nesta quarta-feira pelo Congresso. Primeiro, foi a Câmara. O reajuste dos parlamentares foi de 61,8%.

“Não é constrangedor, porque eu tenho a consciência do dever cumprido e os deputados que trabalham, os servidores que trabalham, merecem ser bem remunerados", afirma o deputado Paulo Magalhães, do DEM-BA.

A partir de 1º de fevereiro, deputados, senadores, presidente da República, vice e ministros passam a ganhar o mesmo salário de ministro do Supremo Tribunal Federal: R$ 26.723. Hoje, deputado e senador ganham R$ 16.500, presidente, R$ 11.400, e ministros, pouco mais de R$ 10.700.

Assim que foi votado na Câmara, o projeto veio imediatamente para o Senado e, em pouco mais de cinco minutos, o aumento também foi aprovado na casa. O último reajuste foi em 2007.

“Será muito elevada? É uma remuneração, avalio, condizente com a responsabilidade dos senadores e deputados", diz o senador Eduardo Suplicy, do PT-SP.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Pilhas e baterias usadas devem ter destino especial

Pilhas e baterias usadas devem ter destino especial

Kirna Mota Nascimento - Redação Saúde Plena


Pilhas e baterias usadas são classificadas como lixo perigoso, mas ao contrário do que se pensa, elas não emitem radioatividade. Omaior problema são as pilhas fabricadas com grandes quantidades de metais pesados como cádmio, mercúrio, chumbo e seus compostos. Essas substâncias são altamente tóxicas - algumas até cancerígenas, de efeito cumulativo no organismo - e, dependendo da concentração, podem causar, a longo prazo, complicações respiratórias e renais.

Misturadas ao lixo doméstico em aterros comuns, elas contaminam o solo, lençóis de água subterrâneos e lavouras.

Vale ressaltar que essa situação melhorou um pouco nos últimos anos, pois vêm sendo produzidas pilhas com menores concentrações desses metais - como as alcalinas, cujos resíduos são bem menos tóxicos para o ambiente, além da população estar se conscientizando do problema.

Existe uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), em vigor desde julho de 2000, que estabelece como responsabilidade dos fabricantes e importadores a coleta de pilhas usadas, para que tenham destinação adequada: aterros industriais especiais para resíduos químicos perigosos.

Esses aterros consistem de valas com diversas camadas de impermeabilização para evitar vazamentos. São também equipados com sistemas de tratamento para gases e líquidos. Mas, apesar da resolução do Conama, pouquíssimos pontos de coleta de pilhas foram instalados no país.

Cabe a população cobrar do Conama uma maior fiscalização, além de pressionar os fabricantes de pilhas e baterias a darem o destino correto aos produtos. O consumidor tem o maior poder nessa missão, pois ele pode escolher comprar apenas de empresas conscientes.